A gagueira, também conhecida como disfemia, é uma condição que afeta a fluência da fala e pode se manifestar de diferentes maneiras em indivíduos. Estudiosos acreditam que a gagueira é uma síndrome causada pela insuficiência linguoespeculativa, que é a dificuldade em traduzir o pensamento linguístico em linguagem oral de forma precisa e momentânea.
De acordo com Van Riper (1982), quando uma pessoa começa a gaguejar ao pronunciar uma palavra, ocorre uma interrupção na sequência dos movimentos musculares necessários para falar corretamente. Isso resulta em uma “ruptura temporal” na programação simultânea e sucessiva desses movimentos, levando à gagueira.
A gagueira pode ser classificada de várias maneiras, e aqui estão algumas das principais categorias:
Gagueira familiar ou hereditária: Passa de geração em geração dentro de uma mesma família.
Gagueira afásica: Adquirida devido a uma lesão cerebral, comum em pessoas que estão se recuperando de afasia.
Gagueira dos bilíngues: Aparece em crianças que convivem em ambientes bilíngues e têm um baixo grau de competência linguística.
Gagueira tônica do atraso de linguagem: Surge quando a criança está saindo do estágio de atraso de linguagem, apresentando gagueira com bloqueios tônicos.
Gagueira esquizóide: Associada a um quadro pré-psicótico, surgindo junto com a psicose.
Gagueira oligofrênica: Causada pela oligofrenia, que resulta em insuficiência linguoespeculativa.
Gagueira mista: Quando um indivíduo apresenta mais de um tipo de gagueira simultaneamente.
Se você ou alguém que você conhece luta com a gagueira, saiba que existem tratamentos e técnicas que podem ajudar a melhorar a fluência e a confiança na comunicação.
Fonte: Brasil Escola
