Dizem por aí que se ouvir o som de um berimbau, há de encontrar um brasileiro.
Esporte, luta, filosofia, dança e musicalidade. Essa é a capoeira que acompanhada pelo som do berimbau torna essa expressão artística tão nossa que é impossível desvinculá-la do Brasil.
Como golpes e movimentos corporais ágeis, a luta permitia que estes homens e mulheres se defendessem dos capitães do mato, cuja atribuição era capturar quem havia fugido.
Aos escravizados era proibida qualquer prática esportiva e para não levantar suspeitas, os capoeiristas adaptaram os movimentos e adicionaram elementos coreográficos e musicais para camuflar o verdadeiro significado daquela luta.
Mesmo após a abolição da escravatura no Brasil, a prática continuou sendo considerada como subversiva e apenas em 1937 deixou de ser considerada criminosa pelo Código Penal brasileiro.
Em 2008 o Iphan reconheceu a Roda de Capoeira no Brasil como Patrimônio Cultural Brasileiro.
Em 2014 a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, a UNESCO, reconheceu a prática como Patrimônio Imaterial da Humanidade.
O que um dia foi subestimado, agora se destaca como uma expressão cultural única, enraizada na rica história do Brasil.
Foto: Banco de imagens
Redação: Celebra Goiás